quinta-feira, 7 de agosto de 2008

under control.


Todos os dias quando ela acorda e pisa os pés no chão se lembra do quanto têm sido complicado viver. Só ela sabe a dor que sente todos os dias, o medo, a falta de ar.. Ela não saberia explicar isso a nenhuma amigo ou familiar, nem mesmo a qualquer psicólogo por aí. Existem coisas internas, e a própria palavra já diz: interno. Se está do lado de dentro é para se manter lá, são mágoas, vitórias e derrotas que ela guarda com ela todos dias de todos os últimos dezenove anos que ela viveu. Não reclama por isso, são escolhas.
Tantas coisas: dores, medos, faltas de ar, mágoas, vitórias, derrotas, escolhas (...). Pedacinhos de tudo que ela já viveu e ainda vai viver. Pensamentos para o futuro, sorrisos para o presente, lágrimas para a ausência, comida para matar a fome, água para matar a sede, chá quente para dar sono, internet para ocupar o tempo, amigos para pedir ajuda e ajudar, dias para viver.
Metas para cumprir, as quais ela tem deixado guardadas naquele armário que ela se recusa a abrir. Mas talvez hoje seja o dia, o dia exato de fazer isso.. De pegar tudo aquilo de volta e colocar em prática, e organizar, jogar fora e pegar algumas coisas novas.

Sobre controle? Sobre controle ela não entende, e não quer entender. Controle é limite, e o limite limita sua imaginação, limita sua vida, seu cotidiano. Controlar é não viver, é deixar de fazer muitas coisas, viver muitos sonhos. O controle pode vir a ser seu amigo no futuro, mas por agora, ela quer distância.

2 comentários:

Paulinha disse...

"Controlar é não viver".
Tô tentando entender isso do pior jeito... =(

Bjo!

Mari. disse...

Me lembrou TM:
"A razão é como uma equação de matemática... tira a prática de sermos um pouco mais de nós..."

amo.