terça-feira, 31 de março de 2009

ontem, hoje e amanhã.

é quando olhamos pra dentro que conseguimos realmente enxergar tudo que levamos todos os dias com a gente. todos os valores conquistados, todas as perdas e as marcas das coisas ruins que serviram para crescermos, todos os sorrisos acolhedores, os abraços, os romances e a alegria pura do dia-a-dia conturbado.

andamos nessa estrada e não sabemos nunca onde vai dar, o que vai aparecer, o que será depois do último gole de cerveja. nos dizem que o certo é viver hoje sem se importar com amanhã, mas sempre tentamos prever o futuro, sempre. o futuro é a nossa fome, é o que nos move, é o nosso resultado, talvez o fim. o fim? satisfação completa. tranquilidade.

cada dia é uma lição, cada minuto é uma descoberta nova, sobre nós e sobre o mundo. ciranda de sensações, ciranda de sentimentos. alguns dias acordamos cansados de tanto rodar e a cabeça dói. em outros, saímos girando e rodando por aí, sorrindo e rindo, e essa é a graça. essa quase-bipolaridade que as pessoas têm. essa vontade de ser e estar, fazer e crescer, amar e sofrer.

então viramos a página, fechamos o livro e jogamos ele janela a fora.

mas do que adianta? na vida sempre teremos gente colocando nossos valores à prova. e para que provar? eu sei o que sou, você sabe o que és. e a vida segue. quando não pensamos para fazer pelos outros, somos altruístas demais. quando pensamos para fazê-lo, somos egoístas. quando nos doamos, somos exagerados. quando lutamos, somos sufocadores. então a vida nada mais é do que um jogo. fingir ser o que não é, fingir querer o que não quer. medriocridade.

acertar é difícil, mas possível. errar é consequência, mas aprendizado. e hoje quando eu me olho no espelho, vejo: sou bem mais forte.

quinta-feira, 26 de março de 2009

terça-feira, 24 de março de 2009

só o que me interessa;

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

domingo, 22 de março de 2009

domingo;

ela abre os olhos - é domingo - e pensa se vale a pena levantar ou não. o corpo continua cansado de sábado a noite, a cabeça pesa e insiste em se manter grudada ao travesseiro. os olhos teimam em se fechar novamente. no rádio-relógio esta marcado: mais um dia perdido.

essa sensação cheia desse vazio todo.

sexta-feira, 20 de março de 2009

alguém explica;

é fácil dizer que ama, o difícil é sentir o coração pulsar involuntariamente e não se sentir assustada. é fácil andar de mãos dadas mundo a fora, o difícil é descobrir a hora certa para apertar a mão do outro e pedir para que fique mais. é fácil sorrir ao ouvir uma declaração, o difícil é encontrar palavras suficientes para responder a altura. é fácil, muito fácil, fingir que não liga, que não dói quando se ouve um "tchau", o difícil é conter as lágrimas e ficar em silêncio. é fácil abraçarbeijar e dizer que não podia ser melhor, o difícil é acalmar a falta que já te dominou o coração e alma. é fácil dizer que vai ser bom enquanto durar, o difícil é imaginar o fim.



alguém me explica o que é esse tal de amor? porque eu to cheia dele aqui e não sei mais onde guardar.

quarta-feira, 11 de março de 2009

she;

não ha caminho certo, ou modo correto de pensar nas coisas. ela estava lá, sentada naquela calçada imunda, fumando aquele cigarro que parecia não acabar nunca, pensando. não dava para enxergar direito, aquelas gotas de chuva atrapalhavam minha visão, mas sabia que era ela. o jeito de pegar no cigarro, o jeito de observar aquela fumaça toda saindo de sua boca, os cabelos molhados, o casaco listrado de sempre, era ela.

pensei em me aproximar e oferecer carona, mas a conheço tão bem que sei o que teria me respondido, com aquele sorriso sem graça, com uma das mãos no rosto e ficando com as bochechas levemente avermelhadas. nunca gostei de pessoas previsíveis, mas ela me atraia de uma forma diferente. a inocência não-inocente e o jeito com o qual me olhava quando eu passava, um olhar vago, intenso. ela continuava lá, mas agora havia apagado o cigarro.

todas as pessoas que a conhecem dizem que é esperta, que é forte e que sabe lidar com as situações difíceis da vida. mas eu sei, que no fundo, ela só pede para que alguém a levante e a segure firme, para que ela não caia mais. sei que ela não é fraca, mas não é forte também. sei que chora quando ouve músicas, sei que grita quando ouve um trovão, sei que tem medo de se perder e não se achar mais. eu a levaria para passear naquele dia, a levaria para um café e lá iríamos divagar horas sobre assuntos completamente inimagináveis, iríamos rir e fumar muitos cigarros, até a hora em que eu pegasse na mão dela - eu sei, sei exatamente - ela sorriria e diria que ia ao banheiro, onde ficaria se olhando no espelho e se questionando se aquilo era realmente verdade, eu a conheço. e as vezes preferia não conhecer, não saber nada sobre ela, não entender nada do que se passa por dentro daquele coração que teme não se aquecer de novo.


ela e eu, eu e eu mesma. estranho fucking jeito que as coisas são, e como em um certo ponto da vida temos a certeza de que nos conhecemos por completo. e agora?

quarta-feira, 4 de março de 2009

bagunça;



preciso confessar que esqueci completamente desse blog no último mês, mas aqui estou (quase um mês depois) pra me redimir. voltar a registrar todos aqueles sentimentozinhos que passam no meu coração? não sei. mas vou voltar a cuspir alguns problemas aqui, ou escrever em notas musicais aquela minha felicidade boba por ter encontrado pessoas legais na faculdade.



que bagunça! minha vida está completamente bagunçada. organização? pff, essa palavra passa longe do meu dicionário. tudo perfeitamente bagunçado e bom. não quero organização, arrumação, não quero tirar a poeira, não quero. a poeira está nos lugares certos, as coisas novas tem chegado aos montes e eu tô procurando lugar pra guardá-las. as menos importantes eu jogo embaixo da cama, ponho nas prateleiras do meu novo armário, deixo lá. por quê? porque tá tudo bem assim. eu tinha metas, aliás, tenho metas ainda, mas elas só servem pra me orientar e muitas vezes esqueço de olhar para os lados. ao lado passam muitas coisas interessantes. tô pegando todo tipo de informação e colocando no bolso, quando chego em casa jogo tudo em cima da cama, me sento, e as observo. isso tem deixado meus dias completos, acredite.



coisas novas, pessoas novas, lugares novos, idéias novas. tudo isso é bem menos assustador agora.