segunda-feira, 22 de março de 2010

sky, blue sky;

É, com o passar dos anos vamos ganhando manias novas. Uma mania que herdei de minha mãe, eu acho, é me apoiar no parapeito da janela e olhar para o céu. Lá em cima encontro respostas que não encontraria em livro nenhum. Meu momento, aquele onde me encontro - me encontro mais ao olhar para o céu do que para minha imagem no espelho - só nesses minutos eu alcanço a paz. Respiro fundo e a paz invade cada canto da casa, é como apertar o botão de restart e recuperar toda a energia.

As estrelas me guiam, me dizem coisas jamais ditas antes, me falam a verdade nua e crua. Temo em olhar para cima quando não quero ouvir o que, no inconsciente, já sei. Me perco, me entrego. É como se por segundos pudesse voar e vou. Vou em busca de compreensão, de calmaria, de estabilidade.

Tive um pesadelo noite passada e acordei ofegante. Levantei, coloquei as pantufas que estavam na beira da cama, caminhei até a cozinha, fiz um chá e fui até o parapeito da janela da sala.

Enfim, me senti completa novamente.

terça-feira, 2 de março de 2010

meu final feliz;

Que fosse que nem nos livros, com todos aqueles detalhes que fazem a imaginação dar voltas e voltas.
Que fosse que nem nos filmes, com fogos de artifício e balões coloridos.
Que fosse igual ao das novelas, com reviravoltas surpreendentes e doces declarações.
Que fosse parecido com os sonhos daquela pequena garotinha ingênua que carregava a boneca na mãozinha esquerda.

Mas não.

É minha alegria, minha dor, minha fantasia.
Meu livro, meu filme, minha novela e meus sonhos de criança, estes sim.