Ela abriu os olhos e continuou ali. Pensando, lembrando, planejando. Toda manhã era a mesma coisa. Mais um dia, mais uma dúvida, mais uma solução. Sua vida andava em círculos e ela corria para andar de patins e dar estrelas no parque. Cada manhã uma mania nova, um novo livro preferido.
Continuava ali com os olhos abertos, procurando uma formiga no teto para tirá-la do tédio. Vira para um lado, vira para o outro. Barriga para baixo, barriga para cima. Mais um minuto e outro pensamento intrigante, uma nova música predileta.
De olhos fechados enxergou o mesmo. Abriu os olhos devagar, bem lentamente, com medo do que podia ver ali. Sentou-se. Estralou cada um dos dedos das duas mãos. Ficou ali por alguns minutos batendo os pés no chão, no ritmo da música. Olhou para o relógio: era a hora!
3 comentários:
Você acha ruim, mas tem umas sacadas sensacionais. "estalou cada um dos dedos das duas mãos".
E o suspense, no final. Quisera eu achar também que chegou a hora...
Beijos
vontade eterna de ser criança.......... escolhas perfeitas de palavras e ordem dos fatos.... mentira dizer que voce leva jeito pra isso....... porque quem leva jeito ainda está apredendo a fazer, por essa fase, parece que vc jah passou
E fazia tempo que eu não passava por aqui...Acho que a falta de tempo me tirou os pequenos prazeres...Tinha esquecido como era bom passar por aqui pra te ler...
Saudade!
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