terça-feira, 13 de janeiro de 2009

distância imaginária;

ei, amigo. desde aquela tarde de quarta-feira que não ouço mais tua voz, tua risada. o que é que está te deixando tão pra baixo? não ouvi comentários quase obcenos sobre as pessoas na rua, não ouvi elogios furados ou piadas sem graça nenhuma. você só olha para baixo, o chão não é tão interessante assim.

amigo, deixa a preocupação pra lá. vamos tomar uma cerveja, jogar uma partida de sinuca e rir da vida alheia. pode até ser uma dose de tequila, mas deixe essa cara feia pra lá e sorria, sabe, nunca te disse o quanto gosto do teu sorriso, mas é.. eu gosto muito. entro nele e sei que ali há felicidade para mim e para você, sei que basta.

ei, você. o que está acontecendo? se é para chorar, chore no meu ombro. não me importo que você molhe minha camiseta com suas decepções, suas lágrimas. me conta, grite comigo, tira isso da sua garganta, daqui a pouco você morre engasgado. foi alguma coisa que te disseram? alguém te ofendeu? porque se for isso eu resolvo o problema. só não fique tristonho assim, isso parte meu coração.

ta bom, vai. eu vou deixar de te encher o saco, mas promete que quando for a hora certa você vai me contar o que aconteceu? porque não vou suportar não saber. eu sei que existem coisas que a gente guarda só pra gente, mas você pode confiar em mim. eu sempre confiei muito em você, sabe.. muito. sempre vou confiar. te acho digno e justo, gosto de ouvir seus conselhos e gosto de ver sua cara de preocupação quando eu chego sem sorrir na sua casa e te peço um cigarro.

olha, eu to ficando muito triste. assim você vai acabar com o meu dia. não há coisa pior no mundo do que se sentir impotente, e eu estou me sentindo assim por não poder te ajudar. é doença? é na família? se for dinheiro eu te empresto, te dou meu salário todinho. não olha com essa cara de merda pra mim, é verdade. odeio quando você desconfia de mim, do meu amor e da minha consideração. simplesmente faço o que for, mas dá um sorrisinho só.. aquele de cantinho de boca só. ou então solta uma piada sarcástica, me bate, abre a boca.

ta bom, fui eu, né? não quis te machucar quando contei pra ela que você me disse aquilo. eu só estava pensando que poderia te ajudar, que podia ser a solução. escuta, todo mundo se depciona um dia, acontece. mas eu to aqui. não vai acontecer de novo. desculpa, sim?

entendi. o problema não é você e não sou eu. o problema foi o tempo que nos separou. hoje existe distância mesmo eu estando ao teu lado. e se tu soubesse o quanto isso dói.. iria embora.

3 comentários:

Paulinha disse...

as vezes a gente quer ajudar e num sabe como né? to passando por isso tb...
bjo bibs...

Klein disse...

Geeeeente, até eu fiquei desesperaaaaaado!
No fim das contas, ele te contou? Me conta?! hahaha to brincando...
Gente, seu blog é genial... vc escreve bem até quando é pra ser um linguajar popular!

Kad Carolina disse...

Lindo... lindo ... !!! parabéns!!!